Meu nome é Jaisse, moro na vila de Campo Formoso, em Presidente Dutra, sou evangélica, casada e tenho um filho de anos que se chama Aleffe.
Quando iniciei no processo de alfabetização tinha três anos de idade foi na escola Rufino Barreto aqui mesmo em Campo Formoso onde resido desde o meu nascimento, eu era levada a escola pela minha tia junto com minha prima Polineia, pois minha mãe trabalhava em Presidente Dutra e tinha que percorrer 12 km todos os dias para chegar ao seu trabalho, nessa época as condições da escola era precária e, para estudar era preciso que lavássemos nossas cadeiras como éramos pequenas levávamos um tamborete. Não me lembro bem de quando comecei me entereçar pelas as letras, lembro-me apenas de um momento que me marcou muito, foi quando tinha apenas 5 anos e tinha acabado de aprender a escrever. Meu pai todo orgulhoso, quis que eu mostrasse para seus amigos que sábia escrever nossos nomes. Ele pegou um pedaço de papel e pediu que o escrevesse. Para meu pai o simples ato de escrever meu nome era algo incrível, pois ele era analfabeto e todos os seus irmãos também.
Logo após iniciar o segundo grau, por motivo de força maior, tive que abandonar os estudos. Mas após 3 anos, sentir a necessidade de retoma-lós, para minha satisfação pessoal, pois sempre gostei de estudar, e também, para ajudar e incentivar o meu filho. Se o meu pai estivesse ao meu lado hoje, ficaria orgulhoso de ver aonde cheguei. Porém eu vejo todo este orgulho em minha mãe que assumiu o papel de pai e mãe em minha vida, me apoiando, incentivando e vibrando comigo a cada vitória.
Nunca gostei de falar das dificuldades pelas quais passei na minha infância, porem elas me fizeram perceber que a vida deve ser exercitada a cada momento e que de certa forma, desde a minha formação de criança a idade adulta, essas dificuldades me fizeram crescer enquanto pessoa e chegar até aqui nessa etapa tão importante da minha vida, o meu curso de graduação.