terça-feira, 29 de maio de 2012

ESCREVER É PRECISO: O PRINCÍPIO DA PESQUISA


        UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – CAMPUS XVI IRECÊ –BA

ESCREVER É PRECISO: O PRINCÍPIO DA PESQUISA
MÁRIO OSÓRIO MARQUES
CAPÍTULO 4 – ESCREVER, O PRINCÍPIO DA PESQUISA

                                                                                  RESENHISTAS – GICÉLIA GONCALVES
                                                                                                                   JAISSE MENDES
                                                                 PROFESSOR ORIENTADOR – LUIZ FELIPE SERPA

Segundo o autor depois que se adquiri o ato de escrever, o mesmo se torna um vício, acontecendo o mesmo com o ato de pesquisar, tornando o escrever uma pesquisa e que, no dizer de Neils Bohr (1995, P.51, 91), é “uma situação em que possamos dizer aos outros o que fizemos e o que aprendemos”. Não conseguimos fazer ciência sem o ato de escrever, uma vez que a comunicação oral em congressos, seminários, etc.,é um ato momentâneo e com curto alcance. Na pesquisa o escrever é encurtado, conduzido por regras como: tematização, argumentação e apresentação clara e objetiva, direcionada para determinados leitores.
Para o autor pesquisar é quando se procura por algo novo, diferente e original, sendo guiado por um desejo interior de criar o “nosso”. Sendo o tema o coração da pesquisa ele deve ter cunho subjetivo e conduzido pela paixão, pelo interesse e pelo desejo. O tema é que norteia nossa vontade de descobrir, de aumentar nosso conhecimento prévio, de recriar algo do nosso jeito a partir de algo que já existe. No entanto, deve-se ter atenção quanto ao número de dados e documentos para evitar o amontoamento, o que dificultará um trabalho coerente.
Para ele o primeiro passo seria a criação da espinha dorsal, ou melhor, de um título-síntese para o tema, seguido por uma decomposição do mesmo em subtítulos, em subunidades, em temáticas coerentes, coesos e com densidade e significação próprios. Acrescenta-se a isso um sumário e algumas referências bibliográficas, o que mostrará que conhece a teoria. Cada tópico deverá ser trabalhado em sua totalidade isto é, sua própria forma de desenvolvimento, seus desdobramentos de forma coerente e consistente. Com isso sua pesquisa já estará mapeada e demarcada podendo dar início ao trabalho por partes. Sempre podendo ser modificada e reorganizada um pouco ou o todo, pois, se não fosse assim não seria uma pesquisa, mas, sempre tendo o cuidado de não perder o foco nem a coerência.
O segundo passo será eleger autores selecionados pelo tema para argumentar sobre o mesmo, pois, através dessas idéias prontas desenvolvem-se suas próprias idéias, confrontando seus saberes prévios de vida e do tema. O pesquisador convocará os interlocutores à medida que o tema for sendo desdobrado. Esses serão do campo empírico, do campo teórico e os interessados à escuta.
No campo empírico o pesquisador lida com experiências que serão ditas de maneira simples e direta para que se produza novos conhecimentos, para que torne de fato uma pesquisa: quando  se aprende mais sobre determinado assunto, tema e o transmite da forma mais simples possível. O autor mostra a importância do campo teórico uma vez que o mesmo nos diz que nenhuma prática existe sem uma teoria da mesma, por mais simples que sejam elas não estão soltas e desgarradas. E os interessados à escuta são os leitores, sendo o pesquisador o primeiro leitor, além dos amigos, companheiros de trabalho ou um conselheiro. No caso de pesquisas patrocinadas por instituições de ensino, universidades existe a presença do Orientador da Pesquisa, figura de muita importância pois, não é um leitor comum e sim, alguém que trabalha em pesquisa na mesma linha que a do pesquisador.
Mario Osório  afirma que a matéria-prima de qualquer pesquisa é a experiência de vida e trabalho do pesquisador. Sendo assim, não se pode inventa do nada o conhecimento, nem se fundamenta ele num absoluto transcendente, nem num órgão ou dispositivo inato. Mas, segundo ele, se faz possível o conhecimento graças aos processos de aprendizagem social na reconstrução de modelos categoriais, ou conceitos teóricos, que interpretam as mudanças operadas nas situações sociais concretas de frente à natureza imutável. Pois ele acredita que as aprendizagens sociais pelas quais os homens se consti-tuem em homens e mundo na constituição da ordem simbólica sig-nificam que os homens singularizados aprendem uns dos outros e uns com os outros (cf. Marques, 1994, p. 15-50; 1996a, p. 83-94). Devido a isso os homens se entendem e entendem o mundo que habitam, interagindo intersubjetivamente ao se constituírem sujeitos autônomos e competentes. Assim os pesquisadores encontram-se sob condições subjetivas, empíricas, sociais e históricas que interferem no processo da pesquisa.

Conforme relato do autor o trabalho da citação é uma complexa estratégia de interações que também envolve os leitores, e sua competência na linguagem. Com isso se tem assentado o princípio do sujeito/autor que reescreve/repete enunciados de outrem, sujeitando-os à lógica do próprio escrever. O autor também nos traz a concepção de que em seus valores de uso cada palavra se apaga para se fazer significante em abertura para determinados usos na frase esta, adquire outros significados ao serem inseridas em outros contextos de discurso. Segundo ele o apagamento em que se constitui o significante da frase ao se transportar para outro contexto pela ação de outro escrevente/pesquisador, passa por uma substituição de sentidos ao manter relação especial com o texto original. Pois quando lemos, algo em especial voltamos então atrás e nos fixamos naquela passagem e a extraímos de seu contexto, sublinhando-a, ou sinalizando-a à margem do texto, ou transcrevendo-a em nossas anotações, isso é sobretudo usina de transformações  de um texto em função de outro. Para ele existem vários níveis da citação, desde a citação literal sinalizada por aspas e destacada, passando pela citação livre, ou tradução em linguagem nossa, de passagens de um capítulo, ou mesmo de todo um livro. No primeiro e segundo casos, se faz indispensável a referência do autor, à obra dentre as dele e à(s) página(s) lida(s). Já no terceiro caso tais referências são dispensáveis,

Marques ressalta que o valor de nossas pesquisas depende do valor de nossas leituras obtidas através de nossa experiência de mundo. Pois a citação não se trata de uma de uma cópia, mas de uma recriação em outro tempo e lugar. Levando-se em conta que a criatividade e persistência do pesquisador se deve a unidade de seu estilo, pois o pesquisador necessita saber o que procura. “Chama-lhe a atenção o trabalho de Luna (1991, p. 25) para o reconhecimento de que a Metodologia não tem status próprio, e precisa ser definida em um contexto teórico”.  Ele acredita que a pesquisa cumpre uma função construtivo-organizativa dos enunciados, correlacionando-os entre si na composição de um sistema de recíprocos, pelos quais se podem inserir em sistemas mais amplos. Segundo ele o próprio autor, deve realizar o reequilibramento das partes que compõem sua obra, pois as citações e bibliografia comprovam o que foi de fato percorrida na pesquisa. Para que as citações sejam validadas é necessário que se coloque a referência da citação na bibliografia isso lhe dará autenticidade e fidelidade oferecendo ao leitor pistas de identificação.

Outra maneira de ampliar os espaços da citação e da bibliografia que o autor nos traz é o uso de Notas indicadas por referências no texto e colocadas ao pé da página, ou no final do capítulo respectivo, ou antes, da bibliografia. Isso servira como indicativos para a ampliação do tratamento do assunto em pauta. Para ele tem igual importância o Sumário ou índice que oferece ao leitor visão de um conjunto organizado em partes e subpartes.

Para finalizar seu trabalho o autor o apresenta ao leitor sob a forma de Introdução, uma retomada dos caminhos andados. Assim ao fim do trabalho se apresenta um sumário das Conclusões a que chegou a pesquisa. E por último O Prefácio ato social do escrever e o primeiro do ler. Finaliza a escritura ao mesmo passo que marca a entrada dela no universo da publicitação, a passagem da produção para a circulação do texto.

REFERÊNCIAS

BOHR, Niels. Física atômica e conhecimento humano. Rio de Ja-neiro: Contraponto, 1995.
LUNA, Sérgio V. de. O falso conflito entre tendências metodológicas. In: FAZENDA, Ivani (Org.). Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo: Cortez Editora, 1991. p. 21-33.
MARQUES, Mario Osorio. Escrever é preciso : o princípio da pesquisa / Mario Osorio Marques. -5. ed. rev. - Ijuí : Ed. Unijuí, 2006. 154 p. - (Coleção Mario Osorio Marques ; v. 1)
MARQUES, Mario Osorio. Universidade emergente - o ensino su-perior brasileiro em Ijuí (RS) de 1957 a 1983. Ijuí: Ed. Unijuí, 1984

terça-feira, 15 de maio de 2012

PSICOLOGIAS – UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PSICOLOGIA

                                          ANA M. B. BOCK, ODAIR FURTADO E MARIA DE L. T. TEIXEIRA
CAPÍTULO 2 - A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA

RESENHISTAS – GICÉLIA GONCALVES
                 JAISSE MENDES    

PROFESSORA ORIENTADORA– PATRÍCIA JÚLIA

Segundo os autores o homem, durante toda a sua vida, produz história, desde as atitudes mais simples até as mais complexas invenções, um longo processo histórico se constrói e se modifica ao longo das gerações. E assim, por ser dotado de racionalidade, capacidade inexistente em outros seres vivos, o homem, a medida que constrói a sua história, também a estuda, a examina e, junto com a construção humana, as Ciências que a estudam, a exemplo da Filosofia e da Psicologia, também evoluem dando conta de explicar ou tentar explicar a verdade sobre todas as coisas. Sendo assim estuda-se o processo histórico de todos os acontecimentos para que se entenda o passado e se modifique o futuro.
Para eles foi com o desenvolvimento do homem, ao longo de milênios, que se descobriu que ele, pela sua enorme complexidade, poderia ser dotado de corpo e alma, do imaterial em contraposto ao material e que se precisava de algumas ciências que o explicasse. Com isso pode se explicar assim o surgimento da Psicologia, ciência esta surgida da necessidade de estudar-se a alma dos humanos, a parte que o faz dotado de emoções e o separa da razão. Surgida acerca de dois milênios na forma de Psicologia Filosófica, visto que foram os filósofos gregos, primeiro os pré-socráticos, depois Sócrates, Platão e Aristóteles que deram os primeiros passos na busca da divisão do homem em corpo e alma. Eles acreditam que o grande desenvolvimento da Grécia antiga os obrigou a buscarem novos avanços na astronomia, arquitetura, agricultura, física e geometria e também na certeza de que o homem, a partir daquele estágio de desenvolvimento, já precisava estudar o espírito. Assim, tenta-se então sistematizar a Psicologia e cria-se a definição da palavra como sendo o “estudo da alma”. Essa ciência passaria a estudar então aquilo que é considerado imaterial no homem, a exemplo do amor, do ódio, do pensamento, das suas tristezas e angústias. Começa então o embate entre os filósofos idealistas – que defendiam que todas as coisas partem das idéias de quem as vê – e dos materialistas – que acreditavam que tudo já existe independente da idéia de quem vê. Questões como mortalidade e imortalidade da alma foram discutidas, escritas e reescritas pelos filósofos gregos, criando-se teorias antagônicas como a platônica e a aristotélica.
         Para os autores é com o surgimento deste gigantesco Império Romano e com o advento do Cristianismo, que surge a Psicologia como ciência, levando-a a ser explicado sob a ótica da Igreja, do sagrado. Sendo deste período Santo Agostinho e São Tomás de Aquino que, aproveitando os preceitos da Antiguidade Grega, trataram de estabelecer clara separação entre corpo e alma, dizendo, segundo a Igreja, que esta pertencia a Deus.
          Segundo eles foi com a chegada do Renascimento que o Homem voltou a ocupar posição central no mundo, lugar ocupado por Deus segundo os preceitos da Igreja. É também, de acordo com os autores, a fase das grandes invenções e dos grandes homens, a exemplo de Leonardo da Vinci, Galileu, Copérnico, Dante e René Descartes. Agora o Homem vê o progresso e o desenvolvimento do Mercantilismo e o advento do Capitalismo passando por grande transformação social. Estudando-se então, com afinco, a distinção entre corpo e alma, dando-se extremado valor à segunda, sem a qual o homem passaria a apenas vegetar, como disse Descartes: “o corpo desprovido do espírito é apenas uma máquina”.
Para eles o crescimento do capitalismo trouxe consigo o processo de industrialização, o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas. Isso impulsionou o desenvolvimento da Psicologia. Esse avanço é explicado através de características da sociedade feudal e capitalista emergente, como sendo responsável pelas mudanças que marcaram a história da humanidade. Segundo os autores a relação do senhor e do servo era típica de uma economia fechada, na qual era estabelecida uma hierarquia rígida, não havendo mobilidade social, predominando a visão de um universo estático. Nesse mundo o homem tinha seu lugar social definido a partir do nascimento. Submetendo a razão à fé como garantia de centralização do poder. Para isso o capitalismo buscou novas matérias-primas na Natureza; criou necessidades; contratou trabalhadores, isso pôs o mundo em movimento, tirando o homem do centro do universo e colocando o Sol em seu lugar. Isso levou o homem a questionar os dogmas da Igreja e a construírem novas formas de produzir conhecimento que não era mais estabelecido pelos dogmas religiosos. Segundo os autores foi nesse período que surgiram homens como Hegel, Darwin e Augusto Comte o qual iniciou o Positivismo, o inglês Edward B. Titchner e o americano William James.
            De acordo com os autores foi em meados do século 19 que os problemas e temas da Psicologia, antes estudados pelos filósofos, passam a ser investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia. Pois acreditavam que para se conhecer o psiquismo humano era necessário compreender os mecanismos e o funcionamento do cérebro. E isso só seria possível com a ajuda dessas ciências. Foi, segundo eles, por volta de 1846, que a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da ação direta ou indireta de diversos fatores sobre as células cerebrais. E a Neuroanatomia descobre que a atividade motora nem sempre está ligada à consciência, pois não estão na dependência dos centros cerebrais superiores.
            Segundo os autores foi em 1860, que se formulou a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, instaurando a possibilidade de medida do fenômeno psicológico. Para eles os fenômenos psicológicos vão adquirindo status de científicos, porque, para a ciência da época, o que não era mensurável não era passível de estudo científico. Eles nos trazem também, outra importante contribuição para Psicologia científica é a de Wilhelm Wundt (1832-1926) que é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica. Wundt desenvolveu na Universidade de Leipzig, na Alemanha, a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem fenômenos orgânicos. Isso através de um método denominado introspeccionismo. A pesar de ter nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que esta ciência encontra campo para um rápido crescimento. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, como o Funcionalismo, de William James (1842-1910), o Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) e o Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949). Estas três tendências teóricas são consideradas, neste século, como sendo o Behaviorismo ou Teoria (S-R) (do inglês Stimuli-Respond — Estímulo- Resposta), a Gestalt e a Psicanálise.
Para eles o Funcionalismo é considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia. O Estruturalismo está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. Foi Titchner, quem primeiro usou o termo de estruturalismo para diferenciá-la do Funcionalismo.
Os autores definem Edward L. Thorndike como o principal representante do Associacionismo, sendo ele o responsável por formular a teoria de aprendizagem na Psicologia e a Lei do Efeito. Para esta, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir. O termo Associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias — das mais simples às mais complexas. O Behaviorismo nasce com Watson e desenvolve-se nos Estados Unidos, A Gestalt, que tem seu berço na Europa, e postula a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Psicanálise nasce com Freud, na Áustria tendo como objeto de estudo o inconsciente.

domingo, 22 de abril de 2012

Docência e Pratica e Ensino



O presente trabalho apresenta a necessidade de uma formação continua do professor e de sua capacidade de reflexão de sua função como sujeito formador da sociedade, pois o professor e a escola devem desenvolver juntas sua criatividade e exercitar suas reflexões em conjunto através do dialogo e da pesquisa-ação, com isso, eles contribuem para uma mudança que levara a sociedade a um caráter participativo e motivador da escola através de impulso democrático que nos leve a uma reflexão coletiva.
Para ser um bom professor é preciso ser reflexivo, desenvolver sua criatividade, sistematizar os conhecimentos e exercitar a capacidade de reflexão através o dialogo entre professor e alunos e da pesquisa-ação.  
A questão do estágio na formação do pedagogo é uma reflexão do  nosso próprio processo de vida no trabalho em uma universidade pública, entendendo que pensar o estágio supervisionado, implica pensar o Curso de Pedagogia como um 4º processo de formação inicial de profissionais da educação. Percebemos que esta é uma experiência peculiar, porém não desvinculada de um contexto social, político, cultural e pedagógico mais amplo. Sabemos que o verdadeiro professor é aquele que também sabe ouvir, observar, refletir e buscar algo sempre que necessário. Sabe como problematizar conteúdos e atividades, propor situações problemas, analisar “erros”, fazer perguntas oportunas, formular hipóteses, sistematizar conteúdos, disponibilizar informações, avaliar no processo.
A negação da imagem do professor como mero repassador de informações, já presente em Dewey, em Anísio Teixeira e em Paulo Freire, é retomada no paradigma emergente, que parte do princípio de que na era da internet, o professor não é a única e nem a mais importante fonte do conhecimento.
Cabe ao docente, mais do que transmitir o saber, articular experiências em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o conhecimento, assumindo o papel ativo no processo ensino-aprendizagem, que, por sua vez, deverá abordar o indivíduo como um todo e não apenas como um talento a ser desenvolvido.


O professor está longe de ser um profissional acabado e amadurecido no momento em que recebe a sua habilitação profissional. Os conhecimentos e competências adquiridos antes e durante a sua formação inicial são manifestamente insuficientes para o exercício das suas funções ao longo de toda a carreira. Por outro lado, o professor não pode ser visto como um mero receptáculo de formação ― pelo contrário, deve ser encarado como um ser humano com potencialidades e necessidades diversas, que importa descobrir, valorizar e ajudar a desenvolver. O desenvolvimento profissional é assim uma perspectiva em que se reconhece a necessidade de crescimento e de aquisições diversas, processo em que se atribui ao próprio professor o papel de sujeito fundamental.
A construção do saber-ser passa pela criação de um olhar crítico e problematizante sobre os dados sociais para uma intervenção criteriosa e conscienciosa, ajudando também a desenvolver e a consolidar a autonomia intelectual e cívica de modo a poderem vir a assumir as responsabilidades da cidadania, de forma esclarecida e solidária.

Formação Docente


Para ser um bom professor é preciso ser reflexivo, desenvolver sua criatividade, sistematizar os conhecimentos e exercitar a capacidade de reflexão através o dialogo entre professor e alunos e da pesquisa-ação.( ALARCÃO, Isabel.)

Para suprir a necessidade de a escola viver como uma comunidade educativa é preciso formar os professores no sentido de prepará-los para negociar e conduzir projetos e dar aos alunos as competências para um entendimento com outros adultos, inclusive com os pais. Ao sentir-se membro de uma verdadeira profissão e responsável por ela, poderá haver um crescente controle coletivo do profissional sobre sua formação e uma influência mais forte sobre as políticas públicas que estruturam o seu campo de trabalho.
A valorização dos profissionais da educação é um princípio historicamente inserido nas políticas públicas de educação.
A reconceitualização da relação entre pesquisa e prática é, nesse contexto, decisiva em Educação. É necessário ir além do modelo linear, sem ignorar o conhecimento científico. Sendo assim, o papel do professor atualmente, não está mais centrado na racionalidade técnica, neste contexto torna-se de suma importância que o professor, seja também um pesquisador.  
Segundo Libâneo "O conceito de docência passa a não se constituir apenas de um ato restrito de ministrar aulas, nesse novo contexto, passa a ser entendido na amplitude do trabalho pedagógico, ou seja, toda atividade educativa desenvolvida em espaços escolares e não-escolares pode-se ter o entendimento de docência".  LIBÂNEO: 2007 p. 23 . Sendo assim, o papel do professor atualmente, não está mais centrado na racionalidade técnica, neste contexto torna-se de suma importância que o professor, seja também um pesquisador.
A pratica educativa do verdadeiro educador deve ser desenvolvida a partir da realidade social do educando, problematizando e instrumentalizando a compreensão da pratica social e aquisição do conhecimento produzido historicamente pela humanidade.Desta forma, com base nas historias de vida procura se identificar aspectos relativos à memória do adulto na sua rápida passagem pelo ambiente escolar e as suas memórias.
Para Pimenta o estágio pode ser um espaço de convergência das experiências pedagógicas, além de possibilitar o aprendizado da profissão docente, por meio das “relações sociais historicamente situadas”  PIMENTA; LIMA, 2004 .
Com base nestas idéias, entendemos o estágio como o espaço em que o indivíduo é posto em contato com o campo profissional em que atuará futuramente onde, se tratando do processo de ensino-aprendizagem, a práxis, que, segundo Pimenta  2005  é a aproximação entre teoria e prática, é bastante relevante.

CONCLUSÕES


Mais do que uma função ou uma profissão apreendida na formação inicial é desenvolvida na carreira docente, o “ser docente” é uma construção contínua, pois tornar-se professor depende de uma produção subjetiva e conjunta ao longo do tempo, produção esta que ocorre a partir de estudos teóricos, da troca de experiências, das práticas vivenciadas na profissão, etc.
Professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança. O educador constrói, habita um mundo em que a interioridade faz uma diferença, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos. O professor ao contrário, é funcionário de um mundo dominado pelo Estado e pelas empresas.
O verdadeiro professor é aquele que também sabe ouvir, observar, refletir e buscar algo sempre que necessário. Sabe como problematizar conteúdos e atividades, propor situações problemas, analisar “erros”, fazer perguntas oportunas, formular hipóteses, sistematizar conteúdos, disponibilizar informações, avaliar no processo. Adota como atitude profissional e instrumento do cotidiano o desenvolvimento da pesquisa para a  re  - construção do conhecimento, utilizando ou não as instrumentações eletrônicos. È mais pesquisador do que transmissor. Ele perder o medo de usar a tecnologia e a vergonha de errar enquanto se aprende. È mais reflexivo do que memorizador. Enfrentar os imprevistos, as mudanças, as incertezas, saber viver e conviver, pressupõem novas capacidades para criar, criticar, questionar e aprender de forma mais significativa.
O futuro professor deve criar condições para promover o sucesso, apoiando-se num conjunto de princípios que devem inspirar a sua prática pedagógica. Utilizando a maior variedade possível de recursos didácticos, incluindo os que são oferecidos pelas novas tecnologias de informação e comunicação, deve desenvolver capacidades de comunicação, imaginação e pensamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOWICZ, Anete/ MELLO. Roseli R. De (orgs) . Educação: pesquisas e práticas. Campinas, SP: Papirus, 2000 (Papirus Educação).

VEIG, Ilma Passos A./ D’ÁVILA. Cristina (orgs). Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas. Campinas, SP: Papirus, 2008 ( coleção Magistério: Formação e trabalho Pedagógico)

STACCIARINI, J.M.R.; ESPERIDIÃO, E. Repensando estratégias de ensino no processo de aprendizagem. Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 7, n. 5, p. 59-66, dezembro 1999.

DILTS, Robert B./EPSTEIN. Todd A. Aprendizagem dinâmica 2.São Paulo, Simmus, 1999.

ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Portugal: Porto Editora, 1996.

Seqüência Didática : Uso dos Artigos



UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – CAMPUS XVI IRECÊ –BA
Curso: Licenciatura em Língua Portuguesa e Literatura    
Disciplina: Construção do Sentido no Texto Literário.
Docente: Roberio Barreto
Discente: Jaisse Mendes de Souza

                                       Seqüência Didática 
Introdução
Estudamos gramática para desenvolver nossa capacidade expressiva como usuários da língua, para podermos empregá-la nas mais variadas situações de uso.
Uma das tarefas do professor, quanto ao ensino da língua portuguesa, deve ser a de ensinar os alunos a interrogar os textos, estratégia esta que o leitor faz para extrair o significado de um texto.

Disciplina: Língua Portuguesa

Ementa
A importância e finalidades do uso correto da Língua Portuguesa na vida cotidiana e profissional nos leva a um estudo mais detalhado da gramática e no aperfeiçoamento das habilidades de compreensão do uso correto das palavras, da linguagem, da leitura e da articulação. Estudo da Gramática: morfologia, sintaxe, semântica.

Justificativa da Disciplina
É imprescindível ao estudante utilizar adequadamente a língua portuguesa nos seus vários níveis, seja na fala, seja na escrita. Reconhecer a ideologia do texto escrito. Para um bom desempenho na gramática e preciso produzir textos bem estruturados e adequados sob o ponto de vista da tipologia textual requerida para cada momento. Conhecer o processo da comunicação e as funções específicas da linguagem.

Objetivo
Propiciar ao aluno utilizar a língua portuguesa de forma correta e como interação social, para atingir resultados diversos e garantir o exercício da profissão e da cidadania.
Ensinar os aspectos gramaticais; Classificar os artigos como definido ou indefinido; Analisar a função dos artigos na construção do texto; Definir o conceito de artigo;  

Conteúdos
Classes Gramaticais: Artigos: Definidos e Indefinidos
Turmas
6º e 7º ano

Tempo estimado

cinco aulas.

Recursos
Texto com o Artigo como enfoque principal, Quadro branco e pincel, apagador, caderno, caneta, lápis e borracha.

Desenvolvimento 
1. MOMENTO: Será lido um texto e os alunos terão que prestar bastante atenção para registrar os diferentes contextos em que os artigos são usados.

A VISÃO DE PAIS E FILHOS SOBRE A FAMÍLIA

[...] A família poderá ser vista como um “ninho” seguro, onde todos se recolhem e se nutrem, no intuito de encontrar nova provisão para trabalhar a vida fora de casa; ou como o reduto que “suga energia”, ao invés de revitalizar as pessoas.
    Problemas emocionais e constantes tensões no meio familiar acabam por prejudicar a produtividade de todos (seja na escola ou no trabalho), além de atrapalhar o desenvolvimento afetivo de seus membros e da família como um todo.
    Não apenas os filhos crescem fisicamente e precisam desenvolver emocionalmente, como também os pais precisam aprender a ser guias (e não chefes) de família que perde suas crianças e ganha filhos adolescentes (e depois adultos); devem, ainda aceitar que eles estejam aptos a compor novas unidades familiares, retornando o casal a uma vida a dois.

DIAS, Maria Luíza. Vivendo em Família; 1991

 2. MOMENTO: Depois da discussão inicial, a turma será dividida em grupos e será entregue uma gramática para cada um. Eles deverão realizar uma pesquisa na gramática sobre os artigos e fazer anotações sobre “conceito” e “aplicabilidade”. Em seguida, e de acordo com as anotações feitas pelos alunos, o professor lhes entregará revistas para que selecionem textos que serão usados na atividade da aula seguinte.

3. MOMENTO: Para começar a aula solicitarei aos alunos que se organizem em grupos (de acordo com a última aula) e que selecionem um texto entre os que foram escolhidos na aula anterior. Eles então deverão ler o texto e destacar os artigos que aparecem nele. Em seguida, consultando as informações e as anotações que fizeram das gramáticas, eles deverão escrever os exemplos de acordo com as características dos artigos que serão entregues em folha xerocada, a saber, que:

Artigos: São palavras que antecedem os substantivos, definindo-os ou indefinindo-os, particularizando-os ou generalizando-os.
Artigos definidos: o/os - a/as
Artigos indefinidos: um/uns - uma/umas

4. MOMENTO: Depois disso, selecionarei alguns alunos para expor para a turma o que pesquisaram. Dessa maneira, poderá ser consolidar tudo o que foi estudado e verificar as possíveis dúvidas dos alunos.

5. MOMENTO: (Revisão das aulas anteriores)
Fazer uma revisão geral das habilidades já vistas e das funções de uso de cada artigo para observar se os alunos aprenderam o conteúdo programado.
AVALIAÇÃO:
Durante todo o trabalho desenvolvido a avaliação será continua e permanente levando em consideração o interesse para o desempenho no desenvolvimento de todas as atividades propostas, e serão feitas intervenções sempre que necessário.
Alem das avaliações diárias, será realizada uma avaliação escrita

1)Identifique nas frases se os artigos estão definindo ou indefinindo os substantivos a que se referem:

a)      Comprei uma bolsa vermelha.____________________________
b)      Os alunos ganharam muitos livros.________________________
c)      A estante era grande.___________________________________
d)     Ganhei uns discos do meu irmão.__________________________
e)      Vi umas meninas cantando no parque.______________________

1)      Complete as frases com artigos adequados:

a)      Mostre-me_______ revista que você comprou.
b)      Ontem, veio aqui______ pessoa querendo falar com você.
c)      Você conhece_______ moça que acabou de entrar na sala?
d)     Onde estão______ meus cadernos?
e)      Chamem______ pais desse aluno.
f)       Gostaria de ter_______ apartamento na praia.

Referencia 
Alegre: Artes Médicas,1995
Dias, Maria Luiza. Vivendo em Família - relações de afeto e conflito.  São Paulo: Moderna, SP, 1991.
Dionísio,Angela; Machado, Ana; Bezerra, Maria Auxiliadora(org). Gêneros Textuais & Ensino. 2ª Ed.Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
KAUFMAM, Ana Maria e M. Elena Rodriguez, Escola, leitura e produção de textos, Porto
Língua Portuguesa: exercícios e atividades da editora Globo.
MOURA & Faraco: Gramática- São Paulo-Ática, 1999

quarta-feira, 7 de março de 2012

OFICINA PEDAGÓGICA - ENSINO DE LITERATURA INFANTIL

UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – CAMPUS XVI IRECÊ –BA
                         DISCIPLINA – PRÁTICA PEDAGÓGICA III
                         DOCENTE – KÁTIA LEITE
                          DISCENTES – FRANCISCA SILVA CRUZ
                                                  GICÉLIA GONÇALVES MACHADO
                                                  JAISSE MENDES DE SOUZA
                                                  JULIETE SANTOS MARTINS
                                                  LILIANA
                                                  MAURELICE FERREIRA DE FREITAS
                                                  NIVERCINA DE SOUZA ROCHA

PROJETO – OFICINA PEDAGÓGIA
ENSINO DE LITERATURA INFANTIL

PLANO DE AULA


TEMA
 Literatura Infantil
ASSUNTO
A Literatura em quadrinhos de Maurício de Souza
PÚBLICO ALVO
5º Ano do Ensino Fundamental I
JUSTIFICATIVA
Este plano de aula tem a finalidade de proporcionar a aprendizagem de Literatura, mostrando a importância da mesma, de uma forma interessante e criativa para as crianças, sendo este um planejamento que contará com a participação e interação do público alvo a ser aplicado. Visando sempre um ensino em que a criança consiga entender e vivenciar o mundo, a partir do desenvolvimento de sua capacidade criativa  pois, esta deve ser vivenciada  por ela, para só assim ter um significado a atribuir as aprendizagens conhecidas e descobertas dentro de uma sala de aula ou em qualquer outro espaço educacional.

OBJETIVO

Despertar nos educandos o interesse pela literatura, focando as histórias em quadrinhos por meio de propostas pedagógicas interativas, para que assim consigam desenvolver seus aspectos cognitivos juntamente com a troca de experiências realizadas em grupo.


METODOLOGIA


Apresentaremos o autor Maurício de Souza juntamente com sua maravilhosa obra em quadrinhos ”A Turma da Mônica”, focalizando alguns personagens e  suas personalidades ,com a intenção de ampliarmos os conhecimentos dos educandos a respeito do que são textos literários infantis e  mostrando sua importância. 

Pensando nisso começaremos nossa aula de uma maneira diferente. Após a chegada à escola, colocaremos alguns painéis na sala com os personagens da Turma da Mônica e faremos uma dinâmica de grupo para despertar os alunos. Pediremos para que a turma forme 5 (cinco) grupos e, cada um deles ficará responsável pela, análise de um personagem: as personagens serão Mônica, Cebolinha, Cascão, Magaly e Chico Bento. Em seguida distribuiremos gibis para os mesmos onde eles terão que ler as historinhas e analisá-las, retirando daí, e interagindo com a turma, a moral da história, o que cada integrante do grupo entendeu e aprendeu com o que leu, uma vez que cada membro ficará responsável por um episódio do gibi. Traremos revistas, gibis e jornais para  que o grupo retire figuras e monte uma história em quadrinhos, criando seus próprios personagens . Após o término eles apresentaram suas produções para a turma. Ao fim de todo este diálogo faremos com os alunos um sorteio de brindes, que estarão dentro de balões que serão estourados.

RECURSOS

Será utilizado papel metro e cartolina para a confecção dos painéis, cola branca, tesouras, revistas, gibis, jornais, tecidos coloridos e outros materiais.

AVALIAÇÃO

Os instrumentos utilizados pela educadora serão dois , sendo o primeiro a observação direta dos alunos , percebendo sempre como eles estão relacionando as informações novas, como esta sendo este processo de ensino aprendizagem para cada educando.
Já o segundo instrumento contará com a participação dos alunos, pois todos deverão falar o que acharam da aula, se gostaram ou não do que foi realizado.
Este momento será executado após a apresentação de cada grupo, onde um aluno de cada vez deverá expor a opinião do grupo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gibis da Turma da Mônica, Maurício de Souza. Editora Abril.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Observando o Planejamento da aula de Português



Universidade do Estado da Bahia – UNEB
DCHT Campus XVI – Irecê
Disciplina: Prática Pedagógica II
Docente: Kátia Leite
Discente: Jaisse Mendes de Souza
Curso: Licenciatura em Língua Portuguesa e Literatura
   
                 Observando o Planejamento da aula de Português
                            
          Quando queremos que algo saia bem feito é preciso planejar passo a passo o que iremos fazer e como iremos fazer e não deve ser diferente com o ensino de Língua Portuguesa, pois toda aula bem planejada produz bons resultados.
            Na aula observada no ensino fundamental II, o professor de português utilizou uma boa metodologia de ensino, pois os conteúdos da disciplina eram passados em uma linguagem simples e com uso do quadro negro pelos alunos e isso, acredito eu, que os ajuda a se desenvolverem melhor em sala de aula. Em entrevista com o professor fui informada de que ele utilizava outros recursos em suas aulas e sobe seu método de avaliação, eu achei tudo isso muito interessante e acredito que produza resultados significativos. Gostei do planejamento e do método de ensino que usou, acredito que para a aula ficar melhor e mais dinâmica ele podia ter usado outros recursos como musica e vídeos. A musica seria usada para trabalhar os pronomes pessoais e com o vídeo poderiam ser mostradas outras histórias do folclore brasileiro para serem dialogados com as do livro didático.
              Tirando a sugestão que faço, gostei de tudo que vi, pois mesmo que discordasse do planejamento não poderia deixar de ressaltar a importância que foi para mim conhecer determinadas metodologias de trabalho utilizadas pelo professor para poder assim, refletir sobre o ato do planejamento e do desenvolvimento de uma aula a qual faz parte do mundo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Resenha do filme: Sociedade dos Poetas Mortos


     
O filme “Sociedade dos Poetas Mortos” mostra uma escola muito rígida, seus professores são sérios e não mantém um relacionamento amigável com os alunos.    Porém, tudo isso muda com a chegada de um novo professor de literatura a essa escola.

Esse professor ensina os alunos a desenvolver suas idéias, a sentir a poesia. E apesar dos sonhos que têm os alunos não fazem nenhum esforço para realizá-los, até tomarem conhecimento da Sociedade dos Poetas Mortos, nela os alunos conseguem se soltar, ser eles mesmos e, até sonhar seus próprios sonhos e não o que seus pais sonharam para eles.
          Niel é um dos alunos dessa escola e é o mais interessado nessa sociedade, ele se sente tão bem nela que passa a agir na escola de um modo diferente e essa mudança de comportamento o levou a resgatar seu sonho com o teatro, mas bateu de frente com a intransigência de seu pai que sonha em ele ser medico. Apesar de toda sua mudança, Niel não conseguiu se abrir com seus pais e sem coragem o bastante para seguir em frente decide cometer suicídio. Sua morte levou a Welton Academy a fazer uma minuciosa investigação dos acontecimentos, pois é mais fácil buscar um culpado de que assumir nossos erros e foi o que fez os pais e a escola de Niel. Sendo assim, o professor  interpretado por Robin Williams parecia ser o mais indicado para esse papel, pois ele havia feito o que nenhum outro professor tinha feito antes, ensinar os alunos a aproveitar o dia (Carpe Diem).
        Esse filme é constituído de imagens forte e marcantes ele traz consigo uma forte critica social, a opressão sofrida pelos jovens e a maneira de ensinar de algumas escolas podem ser vistas nele. Todos os alunos que ali estão servem a interesses alheios e não ao seu próprio interesse.

A História da Donzela Teodora

A história da donzela contada por Leandro Gomes de Barros remonta, ao século XIII. Em Portugal e é característico das antigas narrativas populares de príncipes e princesas encantadas, assim como de heróis memoráveis. A História da Donzella Theodora relata a grande formosura e sabedoria de uma jovem simples que seria vendida como escrava e foi salva por um comerciante húngaro, que viu na moça traços de fidalguia e de honestidade. Eles moravam em certo reino de Tunis. O rico e bondoso comerciante adota a jovem como sua filha, dando-lhe condições para desenvolver sua inteligência nata. O húngaro financia o acesso da jovem ao mundo do saber e ela não o decepciona, visto que acaba por dar aula aos seus mestres.
Dentro dessa narrativa há uma idealização das qualidades da jovem Teodora, cujo nome está ligado a sua própria natureza de beleza e inteligência. Nela há também uma valorização da mulher, destacando não apenas sua beleza física, mas também sua inteligência.
O destino do generoso mercador que salvara Teodora e lhe dera acesso ao mundo do conhecimento, começa a mudar quando toda sua riqueza vai parar no fundo do mar e ele se vê falido e sem perspectivas. E é nesse momento que o comerciante pede ajuda a jovem Teodora, que sem vacilar aponta a solução.
A famosa donzela planeja salvar seu benfeitor através de sua inteligência. Teodora diz ao mercador que ele deveria pedir dez mil dobras de ouro ao rei por ela como escrava. Esse valor era absurdo, mesmo por uma jovem tão bonita como ela. No entanto, o rei terá uma mostra de quanto a jovem valia pelo seu profundo conhecimento sobre todos os ramos do saber.
E para conseguir essa mostra de sua sabedoria, ele desafia a donzela a responder às perguntas de um dos seus sábios. As perguntas do sábio versaram as mais diversas áreas do conhecimento humano. Teodora respondeu a todos os questionamentos com maestria, fazendo até mesmo comentários entre suas respostas.
O rei chamou um segundo sábio que fez suas perguntas, Teodora respondeu a todas as questões e mais uma vez provou sua sabedoria. Dando-se por vencido, o segundo sábio declarou a inteligência da moça.
Um terceiro sábio foi convocado pelo rei. Este desafia a donzela em sua sabedoria e lhe propõe uma aposta: aquele que perdesse o embate ficaria nu na frente de todos. Ele faz uma longa série de perguntas para tentar por em falso a inteligência da donzela, responde suas perguntas com maestria. Por não conseguir vencer a donzela, o sábio é forçado a pagar a aposta, sendo obrigado pelo rei a ficar inteiramente nu.

A História da donzela Teodora tem um final feliz com a vitória da heroína e uma espécie de justiça divina. A Donzela consegue com sua sabedoria vencer todos os sábios do Rei, através disso, ela consegui sua liberdade e o dinheiro que precisava para ajudar seu senhor.